terça-feira, 18 de setembro de 2007

O meu despertador

Depois de três viagens seguidas, dormindo em hotéis com medo de perder a hora e chegar atrasado aos compromissos profissionais, chegou a hora de fazer uma homenagem a ele. Ele é o meu despertador. Comprei em Valença (RJ), recentemente. Veio do interior, mas de pacato não tem nada.
Meus amigos, o meu despertador não desperta. Ele anuncia o fim do mundo. Ele não toca, ele faz escândalo. Já acordei com taquicardia por causa dele.
Aí você me pergunta: como é o som? É uma sirene. É um alarme contra incêndio, sem o incêndio. É a versão moderna das trombetas de Gideão. Ele tinha que ter bula informando os efeitos colaterais.
O meu medo hoje não é mais deixar de acordar. É dormir para sempre depois de ouvir mais um chamado dele.
Aí você me pergunta novamente: por que você continua usando essa arma letal? Porque não há hipótese de você não acordar. Você se assusta, mas acorda. Você vai tomar banho com palpitação, mas não chega atrasado.
Por isso, rendo a ele a minha homenagem. Obrigado por tudo, amigo.

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