Um Brasileirão para reflexão

Eu tenho um grande amigo que costuma dizer que o futebol brasileiro é a segunda divisão do mundo. É duro aceitar, dói no coração, mas ele tem uma certa razão. É só olhar para o atual Campeonato Brasileiro.
Desde já adianto que tenho o maior respeito pelos profissionais e pelos clubes que vou citar. A intenção não é menosprezar e diminuir quem quer que seja, mas tão somente mostrar que nossos parâmetros podem estar, perigosamente, mudando.
Sempre nos orgulhamos do equilíbrio no nosso "certame". Pois estamos cada vez mais equilibrados por baixo. Perigosamente por baixo.

Vejamos:

1. O artilheiro do Campeonato Brasileiro é Josiel, do Paraná, com 18 gols. O seu coração balança pelo Josiel?

2. O São Paulo tem 13 pontos de vantagem sobre o segundo colocado. Vai ganhar o título com o pé nas costas. E com toda justiça!!. Pergunto: o time do São Paulo é uma máquina de jogar futebol? Em tempo: o Tricolor é um baita clube, eu gosto do time do São Paulo, é um bom time, com um belo treinador. Eu só perguntei se é uma máquina.

3. O vice-líder do campeonato, o Palmeiras, era (com o perdão pelo termo) esculhambado por torcida e imprensa até bem pouco tempo. Pouquíssimo tempo. E Caio Júnior só não foi crucificado porque o fornecedor não entregou a madeira e a cruz não ficou pronta a tempo.

4. André Lima jogou sua última partida pelo Botafogo no dia 22 de agosto, há dois meses. E ainda está na terceira colocação na artilharia, com 12 gols, ao lado de Dodô.

5. Paulo Baier, do Goiás, desequilibra no Campeonato Brasileiro. Digo isso com todo respeito ao Paulo, que é um bom jogador.

6. Eis a lista dos onze primeiros artilheiros brasileiros do Brasileirão neste momento (Acosta, do Náutico, é uruguaio): Josiel, André Lima, Dodô, Paulo Baier, Thiago Neves, Carlinhos Bala, Alecsandro, Kleber Pereira, Leandro Amaral, Guilherme e Roni. Dos onze, quem você indicaria para o Dunga? Indicação de amigo, ok?

Pausa para reflexão.
Oremos.