quinta-feira, 27 de setembro de 2007

“Homem não presta. Homem não sabe amar"

Amigos, essa aconteceu nesta quinta à tarde, no Palácio Gustavo Capanema, Ministério da Cultura, centro do Rio.
Espero o elevador e ainda na fila já estou ouvindo o discurso de uma senhora animada e falante (demais). Tema da "palestra": os homens não prestam.

Há controvérsias, madame.
Dentro do “veículo” ela desenvolveu a tese com mais detalhes (teve tempo, ele parou várias vezes, são 14 andares): “Homem não presta. Homem não sabe amar. Ontem conheci uma que está sofrendo, morre de ciúme por um cara. Ele tem cinco mulheres. Ela é a quinta”.
Preferi não me meter no assunto, fiquei no meu canto, no canto do elevador. Mas fiquei pensando em alguns trechos do discurso.
“Ela é a quinta”. Por que a quinta? Tem ordem? É por ordem de chegada? O garanhão faz ranking? Todas sabem as suas “colocações no grid”?
E o ciúme? Como deve doer esse ciúme... Dor física, mesmo. Ciúme de outras quatro mulheres. Ciúme multiplicado por quatro. Quem tem tanto ciúme assim tem tempo de amar? Há de ser ter muita disciplina, muita organização, para ter ciúme de outras quatro mulheres. E ainda gostar do bem amado.
Eu vou dar a minha modesta sugestão, que nunca chegará ao destino final, obviamente. Será que só "a quinta" sabe que são cinco? Eu vou partir do princípio de que todo mundo sabe que todo mundo existe, ok? Enfim, uma "família".

Já que são quatro (presumo que uma das cinco é a oficial, a“de fé”), aí vai o conselho: juntem suas forças, meninas! Em vez de chorar pelos cantos, organizem-se. Formem uma comissão, exijam seus direitos. Melhor: acho que com quatro dá para formar até uma associação, com CGC, estatuto e hino.
Organizem reuniões, discutam a relação (e as relações). Convidem a “de fé” para discutir o problema. É um ângulo diferente que vocês terão, né?

Façam um raio x desse malandro. Chamem-o para uma audiência pública. Digam a ele: “Acabou a bagunça, mané! Isso aqui agora está organizado!”. Tem que falar duro com ele!
Eu tenho certeza de que em dois meses, no máximo, a associação não terá mais razão de existir. Perderá, na linguagem dos contratos, seu objeto social. Sua razão de ser. Será desfeita. E quatro vidas, quem sabe, estarão refeitas.

Ou talvez cinco, contando com a da oficial , "a de fé", que pode pegar carona, com as outras quatro, nessas voltas que o mundo dá.
Quanto ao malandro...castigo para ele. Vai ficar com ciúme das cinco.

Um comentário:

Carlos disse...

Boaaaaa. Parabéns pelo blog e pelo belo texto. Mas o carinha de sorte, eheehhehe