terça-feira, 7 de agosto de 2007

O Lobisomem sem relógio em Conservatória

Estou em Conservatória, cidade das serestas, para uma semana de folga. Aqui cheguei em busca de paz e poesia (bonito isso, hein? Gastei uma frase dessas num blog vagabundo...).
É agosto, baixa temporada...e a simpática cidade está vazia.
Ontem saí para jantar às 20h30min (isso lá é horário de jantar?)e nos 15 minutos de caminhada até o centro da cidade vi três pessoas e um lobisomem, que me perguntou as horas (isso lá é hora de lobisomem estar na rua?). Respondi, ele ollhou para o céu e falou baixinho, desanimado: "Vou para casa ver Tela Quente". Mudou o mundo ou mudaram os lobisomens?

No meu trajeto de retorno á pousada-que-fica-numa-ladeira (boa pousada, mas não cito o nome, pois merchandising é pago) fui citado numa conversa entre dois cachorros. É, citado... Eles não latiam para mim, eles latiam um para o outro depois de me olhar. Nunca tinha visto isso antes...Imagino o que falavam: "olha lá, lá vai o otário, com frio, subindo essa ladeira...boa noite, seu merda, vai se f...". Deve ser isso que dois cachorros "falam" de um homem.
Acho que o lobismem ligou para eles, do celular, e avisou: "Ó, o homem tá subindo". Triste fim de um lobisomem: virou X-9 de um poodle e um vira-latas. Vai ver "Tela Quente", vai. Você merece, peludo!

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